Entre uma senhora sentada no refeitório e eu, encontra-se um palhaço. Um palhaço que divaga, que sorri, pergunta. Ela, meio sem jeito, e com um sorriso quase saindo, de repente olha pra mim, como se dissesse (e disse) com os olhos: “Só está falando bobagem, onde já se viu! E eu estou adorando!”. Então meus olhos respondem: “Esse aí não tem jeito, bobo que só”. E assim nos tornamos cúmplices de um ato, de alguém, de um palhaço. Assim pude sentar ao seu lado da mesa sem pedir licença, pois já éramos conhecidas. Conversamos, sorrimos, e ela foi embora.
Mariana Lenartovicz Dra. Iva Lourença