Devido ao sucesso reconhecido nas repercussões em retornos de reações ao que disseram sobre o que está gerando esse grande bafafá nas redes sociais de adesão e interação à última postagem que fizemos sobre a mais nova iniciativa do Palhaço Pelúcia, no caso, eu mesmo: eu e toda a equipe de correspondentes da Trupe da Saúde internacional, que é uma galera gente boa, na parceria estabelecida já de anos, que vimos anunciando essa nova proposta que dá sequência a anterior, colocando mais lenha na fogueira e dobrando a aposta, a fila andando a contento, que as pessoas sempre desejam saber mais e o conhecimento está aí pra ser compartilhado mesmo, já que “vão se os anéis mas ficam-se os livros”, como se diz por aí, até que a traça os trace.
Isso tudo pra dizer que, de antemão, mesmo pensando na possibilidade de se atingir tamanho sucesso, nunca passou pela nossa cabeça, nem mesmo era provável e desejável, que uma idéia dessas pudesse tomar forma e criar asas, e deixar a gaiola pra trás, ganhando o mundo, porque lugar de bicho livre, bicho solto, é no mato, na relva, na névoa, na crista da onda. Nunca deixaremos de sonhar, já que, é de sonho que vive a humanidade, pois se dependesse do materialmente concreto, da vida dura, das vicissitudes dos percalços da caminhada que a gente vai levando, tropeçando nas armadilhas que a vida deixa, pra gente cair na real, pensar melhor nos sinais que nos são oferecidos, podendo rever nossos atos, nossas atitudes, pra nos tornarmos pessoas melhores, ao menos, menos piores, ou aceitáveis, porque ninguém precisa se culpar por não alcançar o impossível, porque de frustração já bastam as que a gente tem, e as que nossos conhecidos, mais próximos, ou pessoas que a gente sabe que estão por perto, amigos de amigos, nesse mundo que é pequeno, e que cruzamos uns com os outros sem saber que tudo pode ou não estar predestinado, antes mesmo de estar prescrito nos livros do destino, pois não tem texto que não se escreve enquanto lê, ou se lê enquanto escreve, como um eco da nossa própria mente que escuta a si mesmo, como se fossemos um outro que nos observa ou nos sussurra coisas difíceis de entender, para serem decifradas ou decodificadas por quem se arriscar nessa aventura que são os signos, as palavras, a poesia, a arte das letras e dos números, que não deixam de ser letras de um alfabeto diferente, mais lógico, e ao mesmo tempo tão abstrato que temos a dificuldade em ler, somar “lé com cré”, que pode dar num número inteiro, um número primo, quebrado, machucado, esfacelado, sem base alguma pra seguir se impondo àquela equação que vira do avesso mas não diminui de tamanho.
Desculpem a divagação, mas tem coisas que são importantes que venham antes, pois recheiam o sentido de potência, o discurso de sabor, essa experiência polimorfa, multisensorial que é uma boa troca de idéias entre uma pessoa e outra, uma pessoa e a tela do computador, pois como já dizia a filosofia, eu sou o meu interlocutor primevo, meu mais severo crítico, mas também confidente, a quem mesmo que já sabido, conta-se tudo de novo e de novo, à exaustão, e quando se esconde algo, é a maior de todas subtrações, pois é o esconderijo de parte de um discurso silencioso, não falado, mas que tacitamente já se sabe, já se está cansado de saber: são os vícios, as repetições, que de tanto voltarem, se as quer longe, esquecidas. Às vezes até pergunto sobre a utilidade das palavras, tantas e tantas jogadas no tabuleiro, como dados aleatórios, como se amontoadas pudessem dizer algo mesmo, ou se, como num jogo de azar, pode ser que de fato se alcance aquilo que o nome mesmo promete: azar, e no final das contas, não se retira nada daquilo, não obtém qualquer vantagem ou vitória sobre as peças dispostas, as condições impostas, às inevitabilidades gritantes.
Quem sou eu então pra fazer diferente? Muito pelo contrário.
Palhaço Pelúcia