Às vezes: medo de hospital. Os olhos enxergam fragilidade. Dor. Tristeza.
o HOSPITAL cresce. Alto, grande, musculoso.
Pesa nos ombros, pernas, mãos, mente e coração.
E a palhaça, pequena, fica cheia de dedos. Com medo de interagir, de falar, de ser.
Tudo é tão difícil. E sofrido.
Tudo no lugar certo. Muito reto. Preciso.
Isso pega. Pega até palhaço!
Mas aí, de repente, passa pelo corredor a AlegrIa.
Esfregamos os olhos, entramos no quarto e encontramos a senhora FeLICIdade!
E então cumprimentamos todos os sentimentos que transitam:
“Boa tarde, Cenior… boa tarde, Cenioura”.
O meDo, a raIva, a espErAnçA, o AMOR…
A palhaça desembesta a falar, pode ser tanta gente… tanta coisa…
pode até dançar no meio do saguão
o hOspiTal vai diminuindo
se torna um quase-amigo
que dá pra pegar, tocar
brincar
Camila Jorge Dra. Carmela quer mais desenho, mais lápis de cor, mais vida… Para que, quando as cores aumentem no papel, aquele hospitalzão se sinta afugentado por tanta alegria!